segunda-feira, 24 de abril de 2017

COMO A GENTE SE COMUNICAVA ANTES DO CELULAR E DA INTERNET


Deve ser muito difícil para as novas gerações imaginarem uma sociedade sem os atuais meios de comunicação, sobretudo sem telefonia móvel (celular) e sem internet. Mas até os anos 80 os únicos meios de comunicação em Tuparetama como na maioria das pequenas cidades do interior, eram os Correios, ou seja, cartas e telegramas. E antes do telegrama havia o telégrafo. Então a presença de uma agência dos Correios na cidade era muito importante, assim como era muito respeitada e valorizada a figura do funcionário, agente dos Correios e Telégrafos.

A agência dos Correios de Tuparetama foi implantada em 1937, quando foi nomeada a funcionária Maria do Carmo Dias. Até 1937 funcionava nesta localidade apenas um posto ligado à agência de Afogados da Ingazeira. As correspondências e encomendas vinham a cavalo daquela cidade. Antes do posto as correspondências eram trazidas de Afogados e levadas até lá por Antônio Deodato (conhecido por Negro Senhor).

Com a instalação do posto o serviço passou a ser mais bem organizado, tendo como agente local Argemiro de Souza Leite. Assassinado ainda jovem, no local do trabalho, Argemiro foi substituído por José Barbosa que por sua vez foi substituído por Maria do Carmo Dias quando se instalou nossa agência. O telégrafo já funcionava desde 1924, tendo como primeiro telegrafista Elias Martins, de Carnaíba. Esse serviço foi desinstalado em 1982 sendo Mª das Graças Luciano sua última funcionária.

Os primeiros telefones fixos em Tuparetama foram instalados em 1981, durante a administração do prefeito Elias Pessoa, no Posto Telefônico da TELPE (empresa estatal do governo estadual). Esse posto, com cabines para uso da população, funcionou inicialmente no prédio da Prefeitura Municipal na Rua Santa Cecília. Depois com a mudança da Prefeitura para o prédio atual, na Avenida Central, o posto de telefonia também passou a funcionar na sala do térreo da Prefeitura.

As pessoas eram chamadas ao Posto da TELPE para atender as ligações através de um serviço de difusora instalado no centro da cidade. Duas frases muito utilizadas pelas telefonistas ficaram marcadas na memória das pessoas dessa época: "PS TELPE chamando fulano de tal. Alguém lhe espera em linha"  e "ATENÇÃO FULANO DE TAL, COMPAREÇA AO PS TELPE. Alguém lhe aguarda em linha".  Eram comuns as filas e longas esperas por um telefonema no Posto da TELPE sobretudo aos domingos e feriados. Certamente o trabalho de telefonista era um dos mais estressantes, algumas das "sofredoras" telefonistas do PS TELPE de Tuparetama foram Luzinete Moura, Maria de Cateta, Jacinta Marques, Helena Rita Oliveira, Glorinha Damião e Aparecida Leite.

Os primeiros telefones residenciais e comerciais só foram instalados em 1994 (antes, os poucos telefones particulares funcionavam como ramais do posto da TELPE). A instalação de orelhões na cidade e ampliação da rede telefônica, com instalação de novas linhas aconteceu em 1996. Com a venda (privatização) da Embratel e da TELPE, estatais responsáveis pelas telecomunicações, os serviços passaram a ser oferecidos e comercializados por empresas privadas como Telemar e TIM.

Tárcio Oliveira
Texto adaptado de "Tuparetama, o Livro do Município" 
Por gentileza citar a fonte e autor ao utilizar essas informações

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